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Unimed Teresina contribui com fórum sobre judicialização e sustentabilidade

Último dia do evento debateu qualidade assistencial e sustentabilidade financeira das operadoras. Ascom Unimed Teresina O último dia do I Fórum de Convergên...

Unimed Teresina contribui com fórum sobre judicialização e sustentabilidade
Unimed Teresina contribui com fórum sobre judicialização e sustentabilidade (Foto: Reprodução)

Último dia do evento debateu qualidade assistencial e sustentabilidade financeira das operadoras. Ascom Unimed Teresina O último dia do I Fórum de Convergência em Saúde – Judicialização e Sustentabilidade, realizado na sexta-feira (14), aprofundou debates sobre os efeitos das decisões judiciais nas operadoras, os desafios assistenciais da saúde suplementar e os impactos das fraudes no setor. A programação reuniu gestores, magistrados e representantes nacionais do sistema Unimed do Brasil, participante do evento, para analisar caminhos que garantam qualidade assistencial sem comprometer a sustentabilidade financeira das operadoras. Operadoras enfrentam novos desafios assistenciais O diretor-presidente da Unimed Teresina, Dr. Newton Nunes, abriu a programação da tarde com foco nos desafios assistenciais e nos impactos econômicos de novas tecnologias, métodos e medicamentos. O debate trouxe três painelistas, que enfatizaram o equilíbrio entre acesso e viabilidade. Dr. Marcos Aragão, diretor-presidente da Unimed Fortaleza, destacou a necessidade de equilibrar o avanço dos tratamentos com os limites financeiros das operadoras. Segundo o gestor, “o cuidado às crianças com TEA exige acesso, acerto clínico e responsabilidade financeira. Decisões equilibradas são determinantes para manter a sustentabilidade.” O Dr. João Pedro Gebran Neto, desembargador federal do TRF-4, analisou os efeitos econômicos das decisões judiciais envolvendo tecnologias sem comprovação científica: “O próximo passo da judicialização é incorporar o debate sobre custo-efetividade. Decisões judiciais representam escolhas de política pública e têm impacto direto no orçamento da saúde.” Também foi colocado em pauta o papel das operadoras diante das constantes inovações. O Dr. André Sobral, vice-presidente da Unimed Teresina, explicou o tema: “Precisamos reafirmar o compromisso com a medicina baseada em evidências e construir soluções que garantam cuidado adequado e sustentabilidade coletiva do sistema.” A dra. Jacqueline Nascimento – presidente da comissão especial de saúde suplementar da OAB/PI, participou do evento e enfatizou sua relevância: “Este é um evento de convergência, que reúne autoridades, advogados e magistrados para discutir sustentabilidade, projetos de lei e medicina baseada em evidências. Um encontro necessário e muito bem-vindo ao nosso estado.” Mesa 4 aborda riscos, prevenção e limites jurídicos A última mesa foi mediada pelo procurador-geral do Estado do Piauí, Dr. Francisco Gomes Pierot Júnior, e tratou dos impactos das fraudes e de como decisões judiciais podem incentivar ou conter práticas irregulares dentro da saúde suplementar. Como participante do debate, o Dr. Rodrigo Augusto, superintendente jurídico da Seguros Unimed, apresentou os resultados da campanha Saúde Sem Fraude e os investimentos da seguradora em tecnologia e monitoramento. “Mostramos como ações estruturadas permitiram reduzir irregularidades e fortalecer a segurança das operações”, comentou Rodrigo. Marco Fenoglio, gerente de Governança, Riscos, Compliance e Privacidade da Seguros Unimed, destacou o papel estratégico da auditoria médica: “A estruturação de programas robustos de prevenção e combate à fraude é essencial para proteger o sistema e assegurar atendimento ético e seguro.” A mesa também recebeu o Dr. Vitor Lima, juiz do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ/RJ), que discutiu os novos parâmetros da judicialização e alertou para o risco de decisões que extrapolam o papel do magistrado: “É preciso blindar o sistema contra terapias e procedimentos desnecessários ou fraudulentos. Sem convergência entre magistratura e operadoras, há risco real de colapso da saúde suplementar e do próprio SUS.” Encerramento reforça necessidade de racionalidade nas decisões No encerramento, o desembargador federal João Pedro Gebran Neto reforçou a necessidade de racionalidade nas decisões. Ele falou sobre os impactos econômicos da judicialização da saúde suplementar: “A judicialização deve considerar evidência científica e custo-efetividade. Escolhas judiciais representam escolhas de política pública, e é preciso ponderar suas consequências econômicas para preservar o sistema.” O painel evidenciou que a sustentabilidade da saúde suplementar depende não apenas de análises técnicas, mas também da prevenção rigorosa contra fraudes e da observância dos limites legais nas decisões judiciais. A advogada e membro da Comissão de Saúde Suplementar, Ana Letícia Lopes, participou do evento e expressou: “O Fórum de Convergência transforma divergências em soluções coletivas, alinhando esforços para que o cuidado seja contínuo, integrado e verdadeiramente centrado nas pessoas.”