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Vereador renuncia à presidência da CPI do Lixo e se recusa a assinar relatório: 'meu voto foi vencido'

CPI do Lixo: vereadores defendem fim de contratos emergenciais na limpeza O vereador Fernando Lima (PDT) renunciou nesta terça-feira (2) à presidência da Com...

Vereador renuncia à presidência da CPI do Lixo e se recusa a assinar relatório: 'meu voto foi vencido'
Vereador renuncia à presidência da CPI do Lixo e se recusa a assinar relatório: 'meu voto foi vencido' (Foto: Reprodução)

CPI do Lixo: vereadores defendem fim de contratos emergenciais na limpeza O vereador Fernando Lima (PDT) renunciou nesta terça-feira (2) à presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Lixo, que apurou os contratos firmados entre a Prefeitura de Teresina e as empresas que prestaram o serviço de coleta de lixo na capital. LEIA TAMBÉM: CPI da Dívida aponta supervalorização de terrenos para cemitérios Vereadores mantêm veto à divulgação de escolas em situação irregular Segundo o vereador, o relatório final apresentado pela CPI não incluiu as principais descobertas da investigação. Ele foi o único membro da comissão a votar contrário ao documento e se recusou publicamente a assiná-lo na sessão plenária desta terça na Câmara de Teresina. ✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp "Diante do que foi apresentado em relatório e tudo o que eu vi e ouvi, votei contrário ao relatório e tentei convencer [os outros membros] para que a gente pudesse ter um resultado diferente. Infelizmente meu voto foi vencido. Respeito a decisão dos pares, mas fique claro que não concordei e faço questão de não assinar", declarou Fernando. Alguns pontos mencionados pelo vereador incluem a cobrança de mesmo valor pelo lixo inerte e não inerte, quando o inerte deveria ser mais barato. De acordo com Fernando, outras capitais cobram R$ 59 por tonelada, enquanto Teresina tem o custo de R$ 159 por tonelada. O ex-presidente da CPI também criticou a falta de uma contratação definitiva para a coleta de lixo. Entre 2023 e 2024, a gestão municipal fez quatro licitações emergenciais devido a repetidas suspensões aplicadas pelo Tribunal de Contas do Piauí. "O município não adequava os editais às normas e orientações do TCE, à Lei de Licitações. Fora o fato de haver possível direcionamento nas contratações, como nos dois aterros privados. A gente não pode admitir que esses pontos passem despercebidos e a cidade seja lesada", disse o pedetista. Apesar dos indícios de irregularidades, Fernando admitiu que a gestão atual da Prefeitura destinou o aterro sanitário da Zona Sul para lixo inerte, como folhas e podas de árvores — como o Tribunal de Contas havia pedido durante a gestão anterior. Relator se posiciona O relator da comissão, vereador Deolindo Moura (PT), informou que os membros da CPI colocaram a licitação permanente da limpeza como "ponto fundamental" do relatório. "Nós já tínhamos prorrogado o prazo [da comissão] e eu acho que seria desnecessário prorrogar de novo, tendo em vista que estamos chegando ao fim do ano legislativo. Seria levar adiante um problema que tem como ser solucionado", comentou o petista. Deolindo afirmou que o relatório foi encaminhado ao Ministério Público e ao TCE, que devem analisar os depoimentos e as provas colhidas durante a investigação. Balanço da comissão Entre junho e novembro, 11 pessoas foram ouvidas pela CPI do Lixo, incluindo gestores e ex-gestores da Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano (Eturb) e Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Teresina (Semduh). Atualmente, a limpeza pública da capital é feita de forma emergencial por seis empresas: duas cuidam da coleta de lixo, duas gerenciam os aterros sanitários privados, uma é responsável pelo aterro público e a outra trata o chorume produzido por esse aterro. Fernando Lima, vereador de Teresina pelo PDT Eric Souza/g1 VÍDEOS: assista aos vídeos mais vistos da Rede Clube