Calor extremo entra na lista de riscos do pré-natal em Teresina; entenda
Efeitos das mudanças climáticas: ONU reforça ações que enfrentam aumento na temperatura A Fundação Municipal de Saúde (FMS) iniciou a implantação de u...
Efeitos das mudanças climáticas: ONU reforça ações que enfrentam aumento na temperatura A Fundação Municipal de Saúde (FMS) iniciou a implantação de uma política pública que reconhece o calor extremo como fator de risco no pré-natal para gestantes em Teresina. A iniciativa foi tomada após um estudo elaborado pela Agenda Teresina 2030 revelar os impactos das altas temperaturas na saúde de grávidas na capital. LEIA TAMBÉM: Pressão baixa, falta de ar, fadiga: pesquisa revela impacto do calor extremo na saúde de gestantes em Teresina ✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp A pesquisa apontou uma forte relação entre o calor extremo e o bem-estar físico e emocional das grávidas, além de evidenciar desigualdades socioeconômicas e uma “injustiça climática". Segundo a FMS, um novo pré-natal está sendo estruturado pela equipe, com a inclusão do calor extremo como risco. Entre as 411 mulheres que participaram da pesquisa: 🤰🏾 Mais de 88% sentem impacto na sua saúde física durante a gravidez devido ao calor; ☀️ Um total de 93% disse ter piorado o cansaço e 57% dificuldade para respirar; 🩺 25% indicaram que o calor afetou a pressão arterial, além disso, sentiram o bebê menos ativo; 😷 87% das gestantes não receberam orientações médicas ou não consultaram um profissional para manejar o calor durante a gravidez; 🚺 29% das mulheres tiveram algum sintoma relacionado a infecções bacterianas como infecção urinária/candidíase durante a gravidez. Dentre essas gestantes, mais de 75% afirmou que isso teve relação com o calor; 🚰 As medidas para proteção visando minimizar o calor tem como destaque mais água (97%), banhos frequentes (91%) e uso de ventilador (85%). O uso do chapéu teve a menor proporção (4%); ☂️ Ao responder qual ambiente climatizado, o shopping (27,4%), a casa (26,7%) e o trabalho (17,8%) foram os locais mais falados. A pesquisa também observa que as medidas mais utilizadas para se proteger do calor são as que exigem menos recursos financeiros, como beber água, tomar mais banho e evitar o sol. Isso demostra, segundo os dados, uma condição de pobreza energética, desigualdade econômica e injustiça climática no acesso a medidas de adaptação a temperaturas extremas. “É preciso que as altas temperaturas de Teresina não sejam somente assunto para iniciar conversa. O calor extremo tem que ser colocado no centro das políticas de saúde da cidade”, disse o médico Breno Noah, da equipe técnica da FMS. Imagem ilustrativa de gestante Reprodução VÍDEOS: assista aos vídeos mais vistos da Rede Clube