cover
Tocando Agora:

'Delegado que pediu prisão não errou, nem promotor', diz coordenador sobre anulação no caso Tatiana Medeiros

Coordenador do Denarc comenta anulação de prova em caso de Tatiana Medeiros O delegado Samuel Silveira, titular do Departamento Estadual de Repressão ao Narc...

'Delegado que pediu prisão não errou, nem promotor', diz coordenador sobre anulação no caso Tatiana Medeiros
'Delegado que pediu prisão não errou, nem promotor', diz coordenador sobre anulação no caso Tatiana Medeiros (Foto: Reprodução)

Coordenador do Denarc comenta anulação de prova em caso de Tatiana Medeiros O delegado Samuel Silveira, titular do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico do Piauí (Denarc), explicou ao g1 que a suspensão da audiência de instrução e julgamento da ação penal que investiga a vereadora Tatiana Medeiros e o namorado dela Alandilson Passos ocorreu após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), e não por possíveis erros da Polícia Civil. A decisão da suspensão foi tomada após o Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) anular o Relatório de inteligência Financeira (RIF) que servia de base para a acusação. A audiência estava marcada para os dias 13 a 17 de outubro de 2025. LEIA TAMBÉM: Entenda por que audiência foi cancelada; defesa pede soltura da vereadora Segundo o delegado Samuel Silveira, o ministro do STF Alexandre de Moraes decidiu suspender todos os processos pendentes que envolvam a requisição de dados de inteligência financeira (RIF) sem autorização judicial, o que inclui o caso da vereadora e o companheiro dela. O delegado, no entanto, destacou que solicitou os dados financeiros de Tatiana Medeiros e Alandilson quando ainda era possível realizar o pedido. ✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp A decisão do ministro, de acordo com Samuel Silveira, vem após uma discordância entre tribunais superiores. Ele explicou que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entende que delegados e promotores não tem poder para requisitar o RIF diretamente aos bancos, sem autorização da Justiça. O STF, por outro lado, defende que os dois profissionais podem solicitar os dados financeiros por conta própria. "Prevalecia o entendimento do STF [durante a investigação], por isso que essas investigações ocorreram dessa maneira, aqui no Piauí e em todo o Brasil", disse. "Preocupado com essa situação, o ministro Alexandre de Moraes deu a decisão determinando a suspensão de todos esses processos que tratam sobre a matéria", completou. Contudo, Samuel Silveira defende que haja um consenso. "Há um clima de insegurança política e nós como um dos times não temos problema algum em jogar com qualquer regra, mas precisamos saber qual regra vale", destacou o delegado. "O delegado que pediu as prisões não errou, o promotor que concordou com as prisões não errou, o juiz que decretou as prisões não errou", continuou o delegado. O delegado destacou que respeita a decisão do ministro Alexandre de Moraes, mas acredita que a suspensão dos processos pode enfraquecer o combate ao crime. "Se a Justiça entende de mudar e eventualmente considerar nula qualquer prova, a gente lamenta", disse. "Nós vemos um enfraquecimento no poder de punição e o crescimento das facções criminosas e nos angustiamos em ver a sociedade desprotegida por uma questão que é uma insegurança jurídica processual", completou. Defesa pede soltura Após a suspensão da audiência de instrução e julgamento, os advogados pediram a soltura da parlamentar. Além da liberdade de Tatiana, a defesa da vereadora pede a revogação das medidas cautelares aplicadas contra ela: o afastamento do cargo na Câmara de Teresina e a suspensão das atividades da ONG Vamos Juntos, fundada pela vereadora. "Ela nunca teve os requisitos destas cautelares. Isso somente fica mais claro e evidente a cada dia", disse o advogado Samuel Castelo Branco. Coordenador do Denarc comenta anulação de prova em caso de Tatiana Medeiros Reprodução / g1 VÍDEOS: assista aos vídeos mais vistos da Rede Clube Coordenador do Denarc comenta anulação de prova em caso de Tatiana Medeiros